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Caminhos da Graça.


Nos últimos dias o Brasil e o mundo puderam acompanhar em tempo real os julgamentos de dois suspeitos de crimes que mexeram com a opinião pública tamanha suas brutalidades. Os réus e os advogados de defesa fizeram o maior esforço para que as sentenças lhes fossem favoráveis, porém, tanto o ex-goleiro Bruno quanto o advogado Mizael Bispo foram condenados. Após dias exaustivos, ouvindo as argumentações, observando as provas, reunindo-se com os jurados e promotores, os magistrados sentenciaram os réus. Foram vários dias inteiros e madrugadas, com testemunhas e jurados vivendo dias tensos de clausura. Cada palavra, cada nova colocação, cada detalhe era muito importante para a impressão final do juiz. E é sempre assim esse tipo de procedimento, mas quantas vezes não somos surpreendidos com a notícia de que alguém ficou tantos anos presos injustamente por não ser o real protagonista de um crime. De repente, alguém recorre e descobre-se que o juiz errou em sua sentença 15, 20 anos depois do acusado ter ficado preso, ou uma nova testemunha surge e decide falar a verdade. Assim são os julgamentos terrenos, são montados quebra cabeças com os quais se tenta chegar às verdades. Mas, muitas vezes, se cristaliza alguma mentira e a injustiça se instaura.


Quando Jesus disse que não devemos julgar, é porque Ele sabe que nós não temos domínio de toda a verdade sobre a vida e os atos de ninguém. O que faz o julgamento do Senhor ser justo e perfeito é o fato de Ele conhecer todas as intenções do coração humano. Ele, e só Ele entende todos os porquês. Pessoas há que têm em si o hábito de julgar, iniciam suas sentenças com a célebre frase: “sem querer julgar...” e se aplicam no serviço que só a Deus é devido. O julgador, julga todo mundo, até seus melhores amigos. Essa é a doença dele. Mas, Tiago diz que quem julga está usurpando o trono de Deus, pois tenta se colocar em uma condição melhor do que a de seu objeto de juízo e Jesus disse que quem julga, será julgado da mesma forma.

Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
Tiago 4:11-12
Não julgueis, para que não sejais julgados.
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. 
Mateus 7:1-5

Todas as vezes que emitimos nosso parecer sobre o ato de alguém, estamos praticando julgamento, e isso não agrada ao Senhor. Devemos nos lembrar que Aquele que tem o poder de nos sentenciar corretamente decidiu nos absolver para que aprendêssemos o caminho da Graça e da Misericórdia.

Pr. Cláudio Márcio.

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